terça-feira, 16 de junho de 2009

Dia dos Namorados

15º Dia dos Namorados que presencio. Esse não poderia ter sido diferente. Sozinha.
Nem um presente, nem sequer uma palavra. Apenas uma lembrança breve do dia em que estávamos. Sem romantismo, sem sorrisos. Não poderia ter sido diferente.
Ando pensando mais do que nunca se tomei a escolha certa. Me pergunto se não poderia ter sido evitado, se não seria melhor assim. Eu seria mais feliz?
Um dia eu fui. Mas esse 15º Dia dos Namorados não poderia ter sido diferente, e eu passei, bem... sozinha. E esse feriadão eu fiquei... chorando. Chorando e pensando no que eu costumava pensar, mas por um ponto de vista diferente. Avaliando o que eu costumava pensar, avaliando o dia dos namorados que eu estava presenciando, que não poderia ter sido diferente.
Afinal, pela 15ª vez eu estava sozinha. E era consequência de escolhas minhas. E essas escolhas não estavam sendo boas e prazerosas como eram. Eu não era mais feliz como eu era. Talvez até não o amasse mais como amava.
E não poderia ter sido diferente. Não falei nada e empurrei com a barriga. Vou levando até onde der, tentando manter a paciência e o otimismo, imaginando que um dia será melhor. Empurrando com a barriga. Sozinha.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Post 150.

Não posso acabar mas não posso seguir em frente.
People just love to play with words.


E eu me sinto... Acorrentada.

sábado, 6 de junho de 2009

Hipocrisia

Eu, desde pequena, sempre fui chata pra comida. Não como gorduras, nem "nervinhos". Não como talos de verduras nem pele de nenhuma carne. Tiro as veias do coraçãozinho e separo os tomates e pimentões do arroz. E não estou nem aí, não vou parar com isso.
A parte chata disso tudo é que meus pais reclamam. Acham que disperdiço. Nunca retruquei, sempre ouvi e fiquei de boca calada. "Foda-se, vou continuar fazendo isso." Mas hoje, num tédio mortal esperando-os acabar de almoçar, percebi que eles são muito, muito hipócritas.
Notei que serviam para um poodle menor que a minha pantufa uma porção de massa maior que a que comi. Logo, percebi que eles reclamam de mim, mas fazem pior. Porque os talos de brócolis e as gorduras da galinha que deixei no canto do prato não enchem a barriga de nenhum pobre. Mas o exageiro de comida que deram pra um mísero poodle dava pra matar a fome de uma criança.
Eu sou a errada?

Só pra desabafar, esse texto ficou horrível. Abraços aos que lêem.